As Glândulas Sexuais ou Gônadas
7. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS MASCULINAS
7.1 AS GÔNADAS MASCULINAS - OS TESTÍCULOS
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enovelados, cada um tendo em média
mais de 0,5m de comprimento, nos quais são formados os espermatozóides. O espermatozóide
maduro é formado por uma cabeça, um corpo intermédio e uma cauda.
Os espermatozóides podem chegar a viver três dias no interior do aparelho genital feminino.
Os testículos começam a fabricar os espermatozóides e este processo continua ao longo da
vida. Os espermatozóides são lançados no epidídimo, outro tubo enovelado de cerca de 6 m de
comprimento. A hipófíse é a glândula que controla e regula o funcionamento dos testículos.
7.2 OS ANDROGÊNIOS
Os testículos secretam vários hormônios sexuais masculinos que são coletivamente chamados
de androgênios, compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona.
Todavia, a testosterona é muito mais abundante que os demais hormônios, a ponto de poder
ser considerada o hormônio testicular fundamental.
7.3 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Puberdade: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e
14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária).
O hipotálamo secreta fatores liberadores dos hormônios gonadotróficos que fazem a hipófise
liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a
espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos. Já o LH estimula a produção de
testosterona pelas células intersticiais dos testículos e estabelece características sexuais
secundárias e elevação do desejo sexual.
7.4 A TESTOSTERONA E OS CARACTERES SEXUAIS MASCULINOS
A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com
o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
Após poucas semanas de vida do feto no útero materno, inicia-se a secreção de testosterona.
Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características
secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata,
das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além
disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa
escrotal. Se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem
descer e permanecem na cavidade abdominal.
A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado
gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o
nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de
modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características
sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na
puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos
a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então,
aproximadamente 10 vezes.
7.5 CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS
Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo
o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos
cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a
calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento
da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade, fica com a voz mais grave.
Estimula, ainda, um aumento na deposição de proteínas nos músculos, pele, ossos e em
outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente
maior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a testosterona também promove
uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne
pós-puberdade na face.
Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o
indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.
Hormônios Sexuais Masculinos
Glândula -
Hormônio - Órgão-alvo - Principais ações
Hipófise FSH e LH testículos estimulam a produção de testosterona pelas células de Leydig (intersticiais) e controlam a produção de espermatozóides.
Testículos Testosterona diversos estimula o aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
Sistema Reprodutor induz o amadurecimento dos órgãos genitais, promove o impulso sexual e controla a produção de espermatozóides
7.6 A VIDA SEXUAL ADULTA E O CLIMATÉRIO MASCULINO
Após a puberdade, os hormônios gonadotrópicos são produzidos pela glândula hipófise
masculina pelo resto da vida. A maioria dos homens, entretanto, começa a exibir um declínio
lento das funções sexuais ao final da década dos 40 ou dos 50 anos. Um estudo mostrou que
a média da idade para o término das relações intersexuais era aos 68 anos, apesar da grande
variação. Este declínio da função sexual está relacionado com o declínio da secreção de
testosterona. A diminuição da função sexual masculina é chamada de climatério masculino.
7.7 ANORMALIDADES DA FUNÇÃO SEXUAL MASCULINA
A próstata permanece relativamente pequena durante a infância e começa a crescer na
puberdade, sob o estímulo da testosterona. A glândula atinge tamanho quase estacionário por
volta dos 20 anos, e não se altera até a idade aproximada dos 50 anos. Nesta época, em
alguns homens, começa a involuir, justamente com a produção diminuída de testosterona
pelos testículos.
Um fibroadenoma benigno prostático freqüentemente se desenvolve na próstata de muitos
homens mais velhos, podendo causar obstrução urinária. Esta hipertrofia não é causada pela
testosterona.
O câncer da glândula prostática é uma causa comum de morte, resultando em cerca de 2 a
3% de todas as mortes masculinas.
7.8 ORQUITE GRANULOMATOSA (AUTO-IMUNE)
A orquite granulomatosa não tuberculosa é uma causa rara de aumento unilateral do
testículo entre os homens de meia idade. Com freqüência, este aumento de tamanho do
testículo desenvolve-se alguns meses após traumatismo. Histologicamente, esta orquite é
caracterizada por granulomas, que são encontrados tanto nos túbulos seminíferos como no
tecido conjuntivo intertubular.
7.9 SÍFILIS
O testículo e o epidídimo são lesados tanto na sífilis congênita como na adquirida, mas, quase
invariavelmente, o testículo é o primeiro a ser lesado. Às vezes pode haver orquite sem
epididimite concomitante.
Microscopicamente, há dois tipos de reação: a produção de gomas ou uma inflamação
intersticial difusa, esta caracterizada por edema, infiltração de linfócitos e plasmócitos. Nos
casos incipientes, as gomas podem produzir um aumento nodular e os focos de necrose
branco-amarelados característicos. A reação difusa causa edema e endurecimento.
Na evolução, seja a reação inicial gomosa ou difusa, segue-se uma cicatrização fibrótica
progressiva, a qual, por sua vez, conduz a uma atrofia tubular considerável e, em alguns
casos, à esterilidade. Geralmente o testículo diminui de tamanho, torna-se pálido e fibrótico.
As células intersticiais de Leydig são poupadas e a potência não está alterada. Entretanto,
quando o processo é muito extenso, as células de Leydig podem ser destruídas, produzindo-se
perda de libido. A esterilidade ocorre menos freqüentemente quando a lesão é gomosa e não
difusa.
7.10 CÂNCER DE PRÓSTATA
Não é nosso objetivo neste caderno abordar o tema com profundidade. A idéia é dar uma visão
geral para que nosso praticante possa tomar as providências necessárias assim que tiver um
sintoma inquietante.
O câncer de próstata (câncer prostático) é o segundo tipo de câncer mais comum entre os
homens, depois do câncer de pele, e a segunda causa principal de morte por câncer nos
homens, depois do câncer de pulmão.
A próstata é uma das glândulas sexuais masculinas. É uma glândula pequena (do tamanho
de uma noz) e produz uma substância que, juntamente com a secreção da vesícula seminal e
os espermatozóides produzidos pelos testículos, formam o esperma (sêmen). Está localizada
em cima do reto e embaixo da bexiga. A próstata rodeia a uretra (tubo que leva a urina desde
a bexiga até o pênis). Com o crescimento da próstata aparecem dificuldades em urinar e em
manter relações sexuais. Só os homens possuem próstata e seu desenvolvimento é estimulado
pela testosterona, o hormônio masculino.
O câncer de próstata se dá com maior freqüência em homens adultos. A próstata segue
crescendo durante toda vida de um homem, e muitos deles, com idades próximas a 60 anos,
apresentam uma condição chamada hipertrofia prostática benigna (HPB), muito mais comum
que o câncer de próstata. Muitos dos sintomas do HPB são os mesmos do câncer de próstata.
Como ocorre em muitos tipos de câncer, a detecção e o tratamento antecipados aumentam a
perspectiva de cura. Além do mais, o câncer de próstata é um tipo de câncer que cresce
lentamente.
7.11 SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
No seu estágio mais inicial, o câncer de próstata pode não produzir sintomas. Com o
crescimento do tumor, nota-se certos sintomas como:
• Dificuldades em começar e terminar de urinar.
• Reduzido jato da urina.
• Gotejo no final da urinação.
• Micção dolorosa.
• Urinar pouca quantidade de cada vez e freqüentemente, especialmente à noite.
• Ejaculação dolorosa.
• Sangue na urina.
• Incapacidade de urinar.
• Dores contínuas.
8. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS FEMININAS
8.1 OS OVÁRIOS
Os ovários são os centros endócrinos e germinativos da mulher, e a caracterizam como
tal. O caráter cíclico da natureza e da fisiologia feminina é típico. Todas as ações cíclicas
estrogênicas e/ou estrogênico-progesterônicas geram inúmeras transformações também
cíclicas nos órgãos sexuais da mulher [genitália e mamas), em sua fisiologia e em outros
setores do seu corpo.
O funcionamento das gônadas femininas está sob o controle do sistema hipotálamohipofisário
(com o qual elas interagem em regime de “feedback”) e também de fatores intraovarianos
específicos. Estes últimos, entre outras ações, modulam a capacidade de
resposta dos ovários às gonadotrofinas hipofisárias, que são o FSH [hormônio folículo
estimulante) e o LH [ hormônio luteinizante).
Resumidamente, podemos dizer que a fisiologia das gônadas femininas depende das ações
das gonadotrofinas hipofisárias, dos próprios hormônios sexuais por elas produzidos e de
fatores reguladores intra-ovarianos ainda mal conhecidos.
8.2 O ESTROGÊNIO E A PROGESTERONA
A trajetória biológica de tudo o que no corpo da mulher é caracteristicamente feminino é
determinada pela trajetória biológica dos ovários ao longo da vida, uma vez que eles são a
fonte básica dos estrogênios - os principais hormônios da feminilidade ao nível somático.
Assim, é inegável que, durante a maior parte da vida da mulher, as suas gônadas são muito
mais importantes como produtoras de estrogênios (e também de progesterona) do que de
óvulos.
A maior parte do volume dos ovários se deve à camada cortical, que é a camada funcional
propriamente dita. É nela que, em meio a um estroma conjuntivo também dotado de certa
capacidade endócrina, se encontram os folículos ovarianos, que são as unidades funcionais
básicas das gônadas femininas. Após a ovulação, também em decorrência do pico ovulatório
de LH, as células granulosas e tecais passam por acentuadas modificações morfológicas e
funcionais, dando origem ao corpo lúteo.
Pouquíssimos são os folículos que atingem o pleno desenvolvimento, conseguindo produzir
altos níveis de estrogênios, ovular e luteinizar-se. A imensa maioria deles está condenada à
regressão e ao desaparecimento através do processo da atresia* ou morte folicular antes
mesmo de completarem os primeiros estágios do seu crescimento. Como a formação de novos
folículos é impossível ao longo da vida da mulher, o fenômeno da atresia folicular vai
gradualmente levando ao esgotamento das gônadas femininas - esgotamento este que se
completa em torno dos 50 anos, culminando com a menopausa.
Assim, os órgãos que são os centros endócrinos e germinativos da mulher estão
paradoxalmente condenados ao esgotamento e envelhecimento precoce. Em decorrência da
privação estrogênica pós-menopáusica, todos os órgãos e tecidos estrogênio-dependentes do
corpo da mulher entram em atrofia.
Os estrogênios podem ser vistos como a principal manifestação endócrina do lado afrodisíaco
da mulher, uma vez que são eles os responsáveis pela maturação sexual da mesma e pelo
trofismo e boa forma de tudo o que no seu corpo é tipicamente feminino. A progesterona, à
parte a sua fundamental importância na fisiologia ginecológica e no equilíbrio endócrino
feminino, de certa forma pode ser vista como mais relacionada ao lado maternal da mulher.
Já os androgênios, precursores bioquímicos dos estrogênios, podem ser relacionados ao
obscuro componente masculino da mulher.
*Atresia folicular - processo fisiológico através do qual a maioria dos folículos ovarianos
entram em regressão, morrem e desaparecem ao longo dos vários estágios do seu
crescimento.
8.3 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os
hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos
esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são,
realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm
funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são
considerados juntos, como um único hormônio.
8.4 FUNÇÕES DO ESTROGÊNIO
O estrogênio induz as células de muitos locais do organismo a proliferar, isto é, a aumentar
em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero aumenta tanto que o órgão, após a
puberdade, chega a duplicar ou mesmo a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca
o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de
pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de
afunilada como no homem. Provoca também o desenvolvimento das mamas e a proliferação
dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na
mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo.
Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem ocorrem em função
do estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à
proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. O estrogênio também
estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida
calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se “extingam” dentro de
poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa fase, cresce mais
rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade. Já o homem tem
32
um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma
estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.
O estrogênio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, e
no ciclo menstrual.
8.5 FUNÇÕES DA PROGESTERONA
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos.
Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à
preparação das mamas para a secreção láctea.
Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e,
também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do
endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos.
Determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio.
Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião
implantado ou do feto em desenvolvimento.
8.6 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum
hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa a
secretar dois hormônios gonadotrópicos.
No inicio, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida
sexual na menina em crescimento. Mais tarde, secreta o hormônio luteinizante (LH), que
auxilia no controle do ciclo menstrual.
8.7 O HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE
Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno,
levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer.
8.8 O HORMÔNIO LUTEINIZANTE
Aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação.
8.9 CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículoestimulante
e luteinizante pela hipófise anterior (adenohipófise), e a secreção dos estrogênios
e progesterona pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a
seguinte explicação:
1- No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a hipófise anterior
secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas
quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de
diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio
(estrógeno). 2- Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da
hipófise anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e
luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia
do ciclo. Depois, subitamente, a hipófise anterior começaria a secretar quantidades muito
elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase
de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos
folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias.
3- O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de
28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta
quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.
4- O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a hipófise
anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante.
Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de
estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação
se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.
5- Nessa ocasião, a hipófise anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona,
começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando
um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.
8.10 MENOPAUSA
Na maioria das mulheres, esse período de declínio estrogênico é acompanhado por
reações vaso-motoras, alterações de temperamento e mudanças na composição da
pele e do corpo. 0corre também aumento da gordura corporal e diminuição da massa
muscular. A queda nos níveis de estrogênio é seguida por uma alta incidência de
doenças cardiovasculares, perda de massa óssea e falhas no sistema cognitivo.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRP) mostrou-se dúbia. Foram registrados riscos
com reposição efetuada com estrógenos sintéticos e progestinas. No entanto, há
grande aceitação médica com a progesterona natural em forma de creme transdérmico
para tratar dos males decorrentes do desequilíbrio hormonal. A progesterona natural
via transdérmica não apresenta efeitos colaterais quando usada em doses fisiológicas.
Mais informações:
Livros – What your doctor may not tell you about menopause – DR. John R. Lee.
Wsarner Books, 1996.
Internet: www.johnleemd.com – Site do Dr. John Lee, em inglês.
www.novatrh.cjb.net
EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS PARA AS GÔNADAS
EXERCÍCIO 1 [Massagem circular sobre o osso do púbis]
♦ Inicie uma massagem circular com os dedos. No homem,
o ponto está localizado logo abaixo do osso púbico, na raiz do
pênis. Na mulher, a localização é sobre o Monte de Vênus, no
osso pubiano.
♦ Coloque os dedos de ambas as mãos no ponto indicado e
comece a massageá-lo.
EXERCÍCIO 2 [Massagem circular no cóccix]
♦ A seguir, localize com as mãos o ponto correspondente ao
cóccix, no fim da coluna vertebral. (Não localize muito abaixo,
pode ser dolorido).
♦ Comece uma massagem neste ponto com as mãos, uma
sobre a outra [ver fig.], exercendo uma pressão circular sobre
o ponto.
♦ Em seguida, faça um movimento horizontal, para cima e
para baixo.
Observe as sensações que surgem quando estes pontos
são tocados.
EXERCÍCIO 3 [Palmadas nos glúteos]
♦ Com as pernas separadas, leve as mãos até os glúteos e
dê palmadas vigorosas na região do meio de cada glúteo.
Comece com as mãos espalmadas.
♦ Depois, dê as palmadas com o dorso das mãos. Continue
o movimento alternando as palmadas com as mãos
espalmadas e dorso das mãos.
♦ Permaneça sensível à vibração das palmadas e não
contraia os glúteos.
Sinta a vibração na região do períneo (entre os genitais e o
ânus). As mulheres devem procurar sentir os ovários e útero
e os homens, os testículos. A cada massagem procure
aprimorar a sensação das glândulas sexuais, sua localização
e tamanho.
EXERCÍCIO 4 [Batidinhas no baixo ventre]
♦ Com as mãos em punho, aplique “soquinhos”
na região do baixo ventre.
EXERCÍCIO 5 [Movimento horizontal e circular com as mãos sobre a pelve]
♦ Faça movimentos circulares com as palmas das mãos sobre a
região pélvica e depois continue fazendo movimentos
horizontais.
♦ Este exercício produz disposição, energia e brilho da pele.
EXERCÍCIO 6 [Giro do tronco]
♦ Com os pés unidos, comece a girar o tronco circularmente. Leve a
atenção ao períneo, sinta-o e imagine que está traçando um círculo
com esta região (entre os genitais e o ânus).
AS 4 POSIÇÕES FINAIS
POSIÇÃO 1
♦ Posicione o tronco, de forma que fique ereto. Solte bem os braços e comece lentamente a
abaixar o tronco em direção ao solo. Deixe a cabeça pendente, solta; completamente solta.
Quando as mãos tocarem os tornozelos, faça um esforço de visualização e sensação,
realizando um percurso mental e visualizando uma onda de energia saindo da região do
períneo, dirigindo-se em direção às glândulas sexuais (ovários, útero, testículos), passando
pelas supra-renais, pâncreas, timo, tireóide, hipófise, até chegar na glândula pineal.
Esta prática tem um efeito meditativo e de desligamento do mundano.
♦ Neste trajeto, o calor vai passando de uma glândula para outra. As glândulas
sexuais são a “mãe” do sistema hormonal, executando o seu papel de alimentar todas as
outras. Todas as glândulas estão sendo irrigadas pela consciência e pela energia vital.
♦ Uma vez que esta energia vinda do períneo visite todas as glândulas até a pineal, permita
que ela mude de direção. Recomece descendo, mudando o itinerário: partindo da pineal
até chegar ao períneo.
♦ Permaneça um tempo nesta posição, imaginando e sentindo esta energia como um rio
caudaloso e circular.
♦ Após um tempo, desfaça a posição subindo o tronco aos poucos, bem devagar. Por último,
erga a cabeça.
POSIÇÃO 2 [Pêndulo]
1 2 3 4
♦ Em pé, com as pernas separadas e
joelhos flexionados, impulsione o tronco
inclinando-o moderadamente à frente e
bata as mãos levemente nos joelhos,
imitando um pêndulo.
♦ A seguir, impulsione o
tronco para trás, levando
os braços naturalmente
para trás e batendo as
mãos na parte posterior
dos joelhos.
5 6 7 8
♦ Faça de forma solta e relaxada, procure evitar
movimentos de sobe e desce com as pernas, elas
permanecem flexionadas. Só o tronco e os braços se
movimentam.
9 10 11
Assim que dominar este movimento de pêndulo, comece visualizar as glândulas, a
senti-las e localizá-las. A partir disto, inicie a visualização da onda de energia potente
que se desloca do períneo e glândulas sexuais para as supra-renais, inundando de
energia as supra-renais, envolvendo o pâncreas, invadindo o timo, penetrando na
tireóide, tomando a hipófise e acumulando-se na pineal.
POSIÇÃO 3 [Movimento da Tartaruga]
♦ Este é um movimento muito sofisticado. A imagens da seqüência completa encontram-se
na página seguinte. Recomendamos que você faça uma leitura atenta da descrição do
movimento e em seguida confira a seqüência das fotos em todos os seus detalhes.
♦ Em pé, pernas ligeiramente separadas, gire o tronco para a direita e dê um passo à frente
com a perna direita, esta ficará flexionada sem ultrapassar a linha do joelho.
Observe a posição dos pés nas figuras.
♦ A perna esquerda acompanha o movimento, posicionando-se esticada para manter o
equilíbrio do corpo. O peso do corpo incide sobre a perna direita.
Observe o pé esquerdo, não permita que este se “abra” demais, os calcanhares não devem
sair do chão.
♦ Faça agora exatamente o mesmo movimento, girando o tronco para a esquerda. A intenção
é treinar a movimentação lateral. Procure um ritmo natural.
♦ Colocação dos braços
Ao girar o tronco para a direita posicione as mãos em cruz, a mão direita por baixo e a
esquerda por cima. Desloque o braço direito à frente mantendo a palma da mão direita
voltada para cima, como oferecendo algo, enquanto o braço esquerdo acompanha
naturalmente o movimento.
♦ Acompanhe as mãos com o olhar ao estender o tronco para frente e para a direita.
Assim que os braços se estenderem de forma justa, vire as palmas das mãos para cima e
inicie um movimento lento para cima, descrevendo uma figura circular em frente ao tronco
como se trouxesse a energia para si. O tronco se projeta para cima e para trás,
moderadamente, para descrever o círculo. Mantenha as plantas dos pés no chão.
♦ Ao chegar com o tronco para trás e com as mãos próximas à altura da fronte, inicie um
movimento circular de descida dos braços e tronco. Prolongue o movimento circular até
chegar com as mãos novamente à altura da fronte. Em seguida vire a palma das mãos
para frente com os dedos bem relaxados, e imediatamente volte a descer o tronco, sempre
descrevendo um movimento circular.
Deixe os braços e mãos bem relaxados, nada se contrai, todos os músculos ficam
descontraídos. O movimento deve ser ininterrupto e fluído.
♦ Quando o tronco chegar novamente à frente na linha do joelho flexionado, comece a virar
Veja também:
As Glândula Endócrinas
1. As Glândula Pineal ou Epífise
2. A Glândula Hipófise ou Pituitária
3. A Glândula Tireóide e Paratiróides
4. A Glândula Timo
5. A Glândula Pâncreas
6. As Glândulas Supra-Renais
7. As Glândulas Sexuais
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