Conheça textos de Gurdjieff:
"Saia à noite, sob um vasto céu estrelado, e levante os olhos para esses milhões de mundos acima da sua cabeça. Em cada um deles provavelmente formigam bilhões de seres semelhantes a você, talvez de constituição superior. Olhe a Via Láctea. A Terra
não pode sequer ser chamada de grão de areia nessa infinidade. Ela se dissolve, desaparece e, com ela, você também. Onde está você? Quem é você? Que quer você? Aonde quer ir? 0 que você empreende não será pura loucura?
Diante de todos esses mun dos, interrogue-se sobre suas metas e suas esperanças, suas intenções e seus meios de realizá-las, sobre o que pode ser exigido de você, e pergunte a si mesmo até que ponto esta preparado para responder a essas perguntas.
Espera-o uma viagem longa e difícil; você se dirige a um lugar estranho e desconhecido. O caminho e infinitamente longo. Você não sabe se poderá descansar nem onde isso será possível. Deve prever o pior. Leve consigo tudo que for necessário para a viagem.
Trate de não se esquecer de nada, porque depois será muito tarde para reparar o erro: você não terá tempo de voltar para buscar o que tiver esquecido. Avalie suas forças. São suficientes para toda a viagem? Quando é que você poderá partir?
Lembre-se de que quanta mais tempo passar a caminho, mais provisões precisara carregar, o que retardara proporcionalmente a sua marcha e alongara ate a duração dos preparativos. E cada minuto é precioso. Uma vez que decidiu partir, por que perder tempo?
Não conte com a possibilidade de voltar. Essa experiência poderia lhe custar muito caro. O guia só se comprometeu a conduzi-lo; não é obrigado a reconduzi-Io. Você será abandonado a si mesmo e ai de você se fraquejar ou perder o caminho; jamais poderá voltar. E, mesmo que o reencontre, fica a pergunta: você voltara são e salvo?
Desventuras de toda espécie espreitam a viajante solitário que não conhece bem o caminho, nem as regras de conduta que ele impõe. Convença-se de que a sua vista tem a propriedade de lhe apresentar os objetos distantes como se estivessem próximos. Iludido quanto à proximidade da meta para a qual você se encaminha, cego por sua beleza e ignorando a medida de suas próprias forças, você não se dará conta dos obstáculos que estão no caminho; não verá as múltiplas valetas que atravessam a senda.
Numa pradaria verde, juncada de flares deslumbrantes, o mato espesso oculta um profundo precipício. E muito fácil tropeçar e cair nele, se seus olhos não estão fixos em cada passo que está dando.
Não se esqueça de concentrar toda a atenção no que o cerca de perto. Não se ocupe com metas distantes, se não quiser cair no precipício.
Entretanto, não se esqueça da sua meta. Lembre-se dela sem cessar e mantenha vivo o seu ardor por atingi-la, para não perder a direção certa. E, tendo partido, esteja atento; o que você atravessou ficou para trás e não tornará a se apresentar: o que não observou num momento dado, não o observará nunca mais.
Não seja curioso demais e não perca tempo com o que atrai a sua atenção, mas não vale a pena. O tempo é precioso e não deve ser desperdiçado com coisas sem relação direta com a sua meta.
Lembre-se de onde está e por que está ali.
Não se poupe e lembre-se de que jamais qualquer esforço é feito em vão.
E agora pode iniciar a caminhada."
"Nosso desenvolvimento assemelha-se ao de uma borboleta. Devemos 'morrer' e 'renascer', como o ovo morre e se torna lagarta, a lagarta morre e se torna crisálida, a crisálida morre para que, por seu turno, nasça a borboleta.
"É um processo longo e a borboleta só vive um dia ou dois. Mas cumpre-se o desígnio cósmico. Com o homem passa-se o mesmo. Precisamos destruir nossos amortecedores. As crianças não os têm, por isso é que devemos nos tornar como as criancinhas ."
Gurdjieff Fala a seus Alunos
Que ao primeiro presente que você lhe faz — ele se ajoelha;
ao segundo — beija-lhe a mão;
ao terceiro — ele se inclina;
ao quarto — contenta-se com um sinal de cabeça;
ao quinto — torna-se familiar;
ao sexto — ele o insulta;
e ao sétimo — ele o põe na justiça
porque você não lhe deu o suficiente.
Gurdjieff, A Vida Só É Real Quando 'Eu Sou'"
Esse mago era muito avaro. Não queria tomar ao seu serviço pastores e não queria igualmente pôr cerca em volta dos campos onde seus carneiros pastavam. Os carneiros extraviavam-se na floresta, caíam nas ravinas, perdiam-se e, acima de tudo, fugiam à aproximação do mago, porque sabiam que este pretendia tirar a carne e a pele deles. E os carneiros não gostavam disso.
"Afinal, o mago encontrou o remédio. Hipnotizou os carneiros e sugeriu-lhes, antes do mais, que eram imortais e que o fato de serem esfolados não lhes podia causar nenhum mal que, ao contrário, esse tratamento era excelente para eles e até agradável; em seguida, o mago sugeriu-lhes que era um bom pastor, que gostava muito de seu rebanho, que estava pronto para todos os sacrifícios por ele; enfim, sugeriu-lhes que, se alguma coisa fosse suceder a eles, isso não aconteceria, em caso algum, agora, hoje e que, por conseguinte, não tinham que se atormentar.
Depois do que, o mago meteu na cabeça dos carneiros que não eram, em absoluto, carneiros; a alguns sugeriu que eram leões, a outros, que eram águias, a outros ainda, que eram homens ou magos.
"Feito isso, os carneiros não lhe causaram mais aborrecimentos nem inquietações. Não fugiam nunca mais, aguardando, ao contrário, com serenidade, o instante em que o mago os tosquiava ou degolava."
"Esse conto ilustra, de modo perfeito, a situação do homem.
"Na literatura dita "oculta", provavelmente encontraram as expressões " Kundalini ", "o fogo de Kundalini" ou "a serpente de Kundalini". Esses termos são muitas vezes empregados para designar uma potência estranha, latente no homem, e que pode ser despertada. Mas nenhuma das teorias conhecidas dá a verdadeira explicação da força de Kundalini. Esta força é às vezes atribuída ao sexo, à energia sexual, quer dizer, associada à idéia de que é possível empregar a energia do sexo para outros fins.
Esta última interpretação é completamente errônea, porque Kundalini pode estar em todas as coisas. E, sobretudo, Kundalini não é, a titulo nenhum, algo desejável ou útil para o desenvolvimento do homem. É muito curioso constatar como os oculistas se apoderaram de uma palavra, cuja significação alteraram completamente, conseguindo fazer dessa força muito perigosa um objeto de esperança e uma promessa de bendição.
"Na realidade, Kudalini é a potência da imaginação, a potência da fantasia, que usurpa o lugar de uma função real. Quando um homem sonha em lugar de agir, quando seus sonhos tomam o lugar da realidade, quando um homem toma a si mesmo por um leão, uma águia ou um mago, é a força de Kundalini que age nele. Kundalini pode agir em todos os centros e, com sua ajuda, todos os centros podem encontrar satisfação, não mais no real, mas no imaginário. Um carneiro que se julga um leão ou um mago vive sob o poder de Kundalini.
"Kundalini é uma força introduzida nos homens para mantê-los em seu estado atual. Se os homens pudessem dar-se conta verdadeiramente de sua situação, se pudessem ver todo o horror dela, seriam incapazes de permanecer tais quais são, mesmo por um segundo. Começariam imediatamente a buscar uma saída e encontrariam muito rapidamente, porque há uma saída; mas os homens deixam de vê-la simplesmente porque estão hipnotizados. Kundalini é essa força que os mantém num estado de hipnose."
Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido, Ed.Pensamento, (pag. 252-253).
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